terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Harry Potter e as relíquias da Morte

Acabei de ler o último livro da J. K. Rowling, Harry Potter e as relíquias da morte (Rocco, 2007). Nesse momento, o que me compele a escrever é um certo saudosismo. Afinal, chega ao fim uma série que fez parte dos recentes anos de minha vida.
Sim, fez parte, pois sou daquelas pessoas que amam os livros, que amam as estórias. Adoro ficção, e negar este fato seria negar a mim mesma. Então, é melhor assumir.
Devo começar dizendo que este livro trouxe lágrimas aos meus olhos. Há passagens profundamente dolorosas, assim como passagens altamente emocionais. Confesso que a Rowling realmente escreve muito bem. Ela tem o dom de emocionar com as palavras. O que é esperado em uma autora de livros infanto-juvenis. Mérito dela, ninguém pode negar-lhe.
Por outro lado, devo confessar que, se em um primeiro momento eu acreditava sinceramente que o Harry deveria morrer, ao fim do livro, de posse dos ‘argumentos’ colocados pela autora, reconheço que a supervivência de O-Menino-Que-Sobreviveu funciona como um traço de esperança para aqueles que lutam pela igualdade e pela justiça. Mais uma vez, mérito dela.
Quanto às famosas mortes na estória, creio que até nisso a autora foi fiel ao seu discurso. Afinal, é comum que aconteçam baixas quando se empreende uma luta contra o mal. Tais mortes podem ser materiais, assim como as descreve a escritora; ou metafóricas, conforme o descrito na carta da Morte do Tarô. Porém, fato é que perdas irão sempre acontecer. Indiscutivelmente.
Quanto ao livro em si... É uma boa leitura. Já li várias obras seqüenciadas, mas a de Rowling teve o mérito de não me deixar com aquele gostinho de ‘quero mais’; Harry Potter tem realmente, início, meio e fim. Apesar de todo sofrimento, no fim, ficamos com aquela sensação de que tudo valeu à pena.
E, de novo, mérito dela.

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