V. Fernandes
O tempo é uma daquelas invenções humanas que saiu pela culatra...
O homem, achando-se senhor do tempo, buscou uma forma de controlá-lo e, assim, inventou instrumentos capazes de medi-lo. Ledo engano, visto que o tempo continua senhor de si, e foi o homem que passou a viver obrigado a acompanhar seu passo.
Vivemos atrás do relógio, contando as horas, que passam rápido quando estamos felizes e queremos que se arrastem e que, de chiste, passam bem, bem devagar, nos desesperadores momentos em que queremos que se adiantem.
Sábio Quintana, que escreveu:
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A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
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E sempre, sempre muito sábio, acrescentou:
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O tempo não para! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...