Então...
Depois de anos, hoje resolvi visitar um Amigo, há muito esquecido: o Jardim Botânico.
Conforme vai se aproximando o fim da faculdade de Direito, e com ele a prova da Ordem, mais tenho sentido saudades da Biologia. Sei que não é do curso, porque, muito embora eu ame a Natureza, não pretendo voltar para a Biologia. Eu amo do Direito, e encontrei nele o meu nicho.
Acabei entendendo que o que me faz falta mesmo é o contato com a Natureza. Por isso, resolvi visitar meu velho Amigo.
Acordei, tomei banho, arrumei a mochila... Coloquei um livro dentro dela, Maria Berenice Dias... Talvez apenas para que não me sentisse tão culpada... Saí, nada falei para ninguém e, simplesmente, fui para o Jardim.
Cheguei com uma maravilhosa sensação de quietude; ao entrar, resolvi abandonar todos os meus medos e paranóias urbanas, e começar caminhando pelas trilhas. É só quando você se afasta de todos os ruídos humanos, e ouve seus próprios passos, que se dá conta de que sua presença deixa mesmo uma marca na Natureza.
Ao me afastar, percebi aqueles sons que há muito não ouvia: o farfalhar da passagem dos lagartos por entre as folhas, o canto dos pássaros, o murmúrio das águas... Sons belos e indistintos que me trouxeram uma paz que não mais sentia. Essa paz voltou ao meu espírito hoje, de tal forma que nem o calor carioca me incomodou. Esse estado mental de tranqüilidade era tão evidente que um beija-flor aproximou-se de uma flor que estava apenas a uns 30cm de mim.
Lá fui sozinha... Apenas eu e meu verde Amigo. Enquanto caminhava, lembrava das palavras de Nietzsche:
Depois de anos, hoje resolvi visitar um Amigo, há muito esquecido: o Jardim Botânico.
Conforme vai se aproximando o fim da faculdade de Direito, e com ele a prova da Ordem, mais tenho sentido saudades da Biologia. Sei que não é do curso, porque, muito embora eu ame a Natureza, não pretendo voltar para a Biologia. Eu amo do Direito, e encontrei nele o meu nicho.
Acabei entendendo que o que me faz falta mesmo é o contato com a Natureza. Por isso, resolvi visitar meu velho Amigo.
Acordei, tomei banho, arrumei a mochila... Coloquei um livro dentro dela, Maria Berenice Dias... Talvez apenas para que não me sentisse tão culpada... Saí, nada falei para ninguém e, simplesmente, fui para o Jardim.
Cheguei com uma maravilhosa sensação de quietude; ao entrar, resolvi abandonar todos os meus medos e paranóias urbanas, e começar caminhando pelas trilhas. É só quando você se afasta de todos os ruídos humanos, e ouve seus próprios passos, que se dá conta de que sua presença deixa mesmo uma marca na Natureza.
Ao me afastar, percebi aqueles sons que há muito não ouvia: o farfalhar da passagem dos lagartos por entre as folhas, o canto dos pássaros, o murmúrio das águas... Sons belos e indistintos que me trouxeram uma paz que não mais sentia. Essa paz voltou ao meu espírito hoje, de tal forma que nem o calor carioca me incomodou. Esse estado mental de tranqüilidade era tão evidente que um beija-flor aproximou-se de uma flor que estava apenas a uns 30cm de mim.
Lá fui sozinha... Apenas eu e meu verde Amigo. Enquanto caminhava, lembrava das palavras de Nietzsche:
Odeio seguir alguém, como também conduzir.
Obedecer? Não! E governar, nunca!
Quem não se mete medo não consegue metê-lo a ninguém,
Somente aquele que o inspira é capaz de comandar.
Já detesto comandar a mim mesmo!
Gosto, como os animais, das florestas e dos mares,
De me perder durante um tempo,
Permanecer a sonhar num recanto encantador,
E forçar-me a regressar de longe ao meu lar,
Atrair-me a mim próprio... de volta para mim.
Não, as idéias de meu atormentado filósofo jamais me abandonam... Seguem comigo, como também me acompanham os pensamentos sobre a vida: passado, presente e futuro... Tudo o que faz de alguém quem é, aquilo que nos dá sentido à própria existência. Porque é nesse vazio que consigo me encontrar, descobrir quem eu sou, e do que realmente gosto.
V. Fernandes
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