A grande paixão de minha infância, aliás, de toda a minha vida, são os cães. Acho que esse amor é a única coisa constante de que posso me lembrar.
Durante a infância, passei muito tempo estudando livros sobre cães e, sem falsa modéstia, houve um tempo em que eu tive um invejável conhecimento sobre raças. Ainda hoje sei bem mais que a maioria das pessoas. Atualmente não tenho mais tempo para estudar o tema como gostaria mas, sempre que posso, procuro me interar sobre as novidades do mundo cinológico.
Sempre tive uma certa sensibilidade em identificar os traços marcantes de cada raça, sendo capaz inclusive de reconhecer as feições de cada uma nos mestiços.
Ainda guardo no espírito aquele orgulho contido quando vejo um cão e identifico a raça, principalmente quando é um exemplar pouco comum. E ainda me sinto frustrada quando olho para um cão e não reconheço sua raça.
Isso aconteceu hoje. Estava assistindo ao programa do Cesar Millan, e apareceu aquele cão, de nome Nasir. Minha primeira impressão foi de arrebatamento - que belo animal! Então pensei: mastiff. Mas quando olhei de novo; não, não é. Algo na aparência daquele cão me dizia que ele não era um mastiff... Uma segunda olhada e pensei, mas sem qualquer convicção: bullmastiff?
Era um molosso poderoso, um cão maravilhoso, um verdadeiro gladiador, mas apesar de uma grande semelhança com os mastiffs, alguma coisa naquele cão era diferente... Então a legenda do programa mostrou que aquele cão era um boerboel.
Obviamente, foi uma questão de sair da sala e correr para o PC para pesquisar que raça é essa. Então descobri que é uma raça registrada pela África do Sul, desenvolvida para a guarda de propriedades e para caçar leões e elefantes.
Tendo sido a África do Sul colonizada por ingleses, não é de se surpreender que a aparência remeta aos molossos britânicos, o mastiff e o bullmastiff. Mas, ainda assim, o boerboel traz em sua conformação traços característicos, sutis, que o distinguem dos primos europeus.
Certamente, um belo animal.
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