sábado, 9 de fevereiro de 2008

Como evitar um assalto

1. Não sair de casa;
2. não ficar em casa;
3. se sair, não sair sozinho, nem acompanhado;
4. se sair sozinho ou acompanhado, não sair a pé, nem de carro;
5. se sair a pé, não andar devagar, nem depressa, nem parar;
6. se sair de carro, não parar nas esquinas, nem no meio da rua, nem nas calçadas, nem nos sinais. Melhor deixar o carro na garagem e pegar uma condução;
7. se pegar uma condução, não pegar ônibus, nem taxi, nem trem, nem carona;
8. se decidir ficar em casa, não ficar sozinho, nem acompanhado;
9. se ficar sozinho ou acompanhado, não deixar a porta aberta, nem fechada;
10. como não adianta mudar de cidade ou de país, o único jeito é ficar no ar. Mas não num avião.
Leon Eliachar

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Oito assassinatos, um esclarecido (Época n° 507, de 4 de fevereiro de 2008)

Viviane Fernandes
A matéria “oito assassinatos, um esclarecido”, publicada na Revista Época n° 507, de 4 de fevereiro de 2008 (http://revistaepoca.globo.com/EditoraGlobo/Artigo/exibir.ssp?artigoId=81448&secaoId=6009&edicao=507), traz uma afirmação atribuída aos delegados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da polícia de São Paulo. Segundo a matéria: “delegados do DHPP reconhecem dar prioridade a casos que tenham repercussão – além daqueles cujas vítimas são policiais. Para solucioná-los depressa, o departamento desloca um grande número de investigadores. Nos casos de menor visibilidade, os recursos são escassos. Com isso, a maioria dos assassinatos não é esclarecida”. A matéria continua com a seguinte declaração de Guaracy Mingardi, pesquisador do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (Ilanud): “cerca de 80% dos inquéritos de homicídios concluídos nos últimos anos na cidade de São Paulo acabaram arquivados”.
Tais revelações, no mínimo, preocupantes deveriam levar a sociedade a questionar as autoridades públicas no que diz respeito à distribuição dos recursos destinados à segurança pública. Afinal, homicídio consiste em crime de grande potencial ofensivo à pessoa; assim, sua solução deveria ser a maior prioridade das autoridades investigativas.
Matérias como estas, provavelmente, não por acaso, publicadas na edição que foi lançada no carnaval, quando a mente da maioria dos brasileiros está voltada para outros ideais, deveriam ter maior destaque, pelo impacto que causam na vida cotidiana da sociedade.
Os homicídios acompanhados pela repórter aconteceram na cidade de São Paulo, nos dias 8 e 9 de dezembro de 2007. O único caso solucionado foi o latrocínio ocorrido na mansão do empresário Ricardo Mansur, no Morumbi, ocasião em que seu copeiro foi assassinado. Os demais casos, nada além de levantamentos preliminares, em um deles, a vítima sequer foi identificada.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Direitos humanos

Viviane Fernandes
Uma das expressões mais proscritas da modernidade, os Direitos Humanos não têm sido encarados com a seriedade que merecem. Traduzido pela grande parte da humanidade como ‘direito de bandido’, como conseqüência da atuação de organizações cujos objetivos são, no mínimo, questionáveis, os Direitos Humanos nasceram com um propósito muito maior do que o que tem servido.
Em todo planeta há grupos humanos sobrevivendo em condições bastante inferiores ao mínimo aceitável. São pessoas que vivem abaixo do cinturão de miséria, completamente alijadas de qualquer qualidade de vida.
São famílias que catam lixo para se alimentar, pessoas que tentam sobreviver em meio a guerras, violência, fome, miséria. São sujeitos incapazes de exercer seu direito inalienável à dignidade, empurrados ao desespero por sua condição física, geográfica, política, étnica, etária, profissional, social. São tantas as formas de discriminação que é quase impossível qualificar os excluídos.
Uma coisa, porém, ainda é bem clara. Apesar de todo discurso democrata, o planeta continua a ser governado para as minorias elitizadas, o cream de la cream da sociedade.
Os sonhos de igualdade social estão cada vez mais distantes de se tornarem realidade. Cedo ou tarde, essa realidade vai consumir toda ilusória estabilidade que engabela as elites.
O verdadeiro equilíbrio social apenas será alcançado por meio da igualdade.

O solitário

Odeio seguir alguém, como também conduzir.
Obedecer? Não! E governar, nunca!
Quem não se mete medo não consegue metê-lo a ninguém,
Somente aquele que o inspira é capaz de comandar.
Já detesto comandar a mim mesmo!
Gosto, como os animais, das florestas e dos mares,
De me perder durante um tempo,
Permanecer a sonhar num recanto encantador,
E forçar-me a regressar de longe ao meu lar,
Atrair-me a mim próprio... de volta para mim.
-o-
NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. São Paulo: Martin Claret, 2004.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Carro 'verde'

Viviane Fernandes
As notícias mais recentes sobre a questão do aquecimento global estão provocando, em todos os segmentos da sociedade, uma exacerbada preocupação acerca do futuro do planeta e, conseqüentemente, sobre o destino da humanidade.
Previsões mais fatalistas proclamam que o efeito estufa irá provocar o degelo das calotas polares, o que terá, como efeito, o aumento do nível dos oceanos, provocando a inundação de cidades localizadas em áreas costeiras. Este aumento das temperaturas globais influenciará também toda biota, uma vez que todos os seres vivos do planeta terão que se adaptar a um diferente padrão climático.
De uma forma simplista, o aumento da temperatura têm sido associado à degradação da camada de ozônio. Nesse contexto, os veículos movidos a combustíveis derivados do petróleo vêm sendo apontados como grandes vilões, além dos refugos poluentes emitidos pelas indústrias e os gases emanados pelas fezes do gado bovino.
Quanto às fezes do gado, a não ser que o homem provoque a extinção de mais uma espécie, não há muito a ser feito. A carne bovina, bem como o leite e seus derivados, ainda figura como importante fonte alimentar.
Algumas indústrias já vêm assumindo sua responsabilidade social e estão tomando a iniciativa de diminuir a emissão de gases poluentes, por meio de mudanças em suas linhas de produção, adotando o conceito de carbono neutro (
http://www.carbononeutro.com.br/).
Quanto à indústria automobilística, a moda agora é o carro ‘verde’. Existe uma preocupação global das indústrias automobilísticas em produzir modelos viáveis de veículos automotores movidos a energia elétrica, mais limpa que os combustíveis derivados do petróleo ou da cana.
Apesar de parecer uma solução perfeita, esta solução requer um questionamento muito mais sério, principalmente no que tange à utilização deste tipo de tecnologia nos mais diversos países do mundo.
Um dos problemas mais relevantes diz respeito à própria produção da energia elétrica. No Brasil, a energia elétrica é produzida, em sua maior quantidade, pelo processo hidrelétrica. Por si só, este tipo de sistema provoca um imenso custo ambiental. A operação de uma hidrelétrica demanda a construção de uma enorme barragem e a inundação de extensas áreas, com a desapropriação de cidades inteiras. O custo ecológico envolve a necessidade de desenvolvimento de um projeto de resgate de fauna na região que, no entanto, não impede que inúmeros animais se afoguem com a subida das águas represadas. Isso, sem contar o custo para a flora da região. Morte é o preço do progresso.
Além disso, aqui já se fala, há alguns anos, em apagões elétricos. Os períodos de seca estão causando a diminuição dos reservatórios de água e a conseqüente redução da produção de energia elétrica. Com isso, o governo vem solicitando à população que consuma a energia elétrica de forma mais regrada. A implementação comercial de veículos movidos a eletricidade irá aumentar sensivelmente o consumo de energia elétrica.
Dessa forma, nenhuma solução é tão simples como parece. Em primeiro lugar, deve-se levar em conta de que não existem atalhos para o desenvolvimento. Cada passo deve ser dado de forma consciente e consistente. Não há soluções mágicas para a implementação de uma consciência ecológica, e toda e qualquer tecnologia, por melhor que possa parecer, deve ser pensada de forma racional, antes de ser empurrada como a solução de todos os problemas.

Quote XXXV



Já foi dito que o tempo cura todas as feridas. Não concordo; a ferida continua. Com o tempo, a mente se protege da insanidade cobrindo a ferida com cicatrizes, e a dor diminui, mas nunca desaparece.
Rose Fitzgerald Kennedy

Quote XXXIV



Antes de embarcar em uma jornada de vingança, cave duas covas.
Confúcio

Quote XXIII




As lágrimas mais amargas derramadas sobre os túmulos são pelas palavras que não foram ditas e pelas coisas que não foram feitas.
Harriet Beecher Stowe

Quote XXXII



Ideologias nos separam; sonhos e angústias nos unem.
Eugène Ionesco

Quote XXXI



Quando você tiver eliminado o impossível, o que quer que permaneça, mesmo que improvável, deve ser a verdade.
Sir Arthur Conan Doyle

Quote XXX



Imaginação é mais importante que conhecimento. O conhecimento é limitado, a imaginação circunda o mundo.
Albert Einstein

Quote XXIX



Não se incomode apenas em ser melhor que seus contemporâneos e predecessores. Tente ser melhor que você mesmo.
William Faulkner

Quote XXVIII



Existem certas pistas na cena do crime que, por sua própria natureza, não se permitem ser coletadas ou examinadas. Como coletar amor, raiva, ódio, medo?
James Reese

Quote XXVII




No fim, não são seus anos de vida que contam, mas a vida nesses anos.
Abrahan Lincoln

Quote XXVI




As coisas podem mudar; mas tudo começa e termina com a família.
Anthony Brandt

Quote XXV




O homem saudável não tortura. Em geral, é o torturado que se torna torturador.
Carl Jung

Quote XXIV



O indivíduo deve lutar sempre para não ser dominado pela tribo.
Friedrich Nietzsche

Quote XXIII



É melhor ser violento se houver violência no coração que usar um manto de não-violência para encobrir a impotência.
Condeno a violência. Quando ela parece fazer o bem, é um bem temporário; o mal que ela provoca é permanente.
Mahatma Gandhi

Quote XXII



Aqueles a quem amamos e nos são próximos são a quem não entendemos.
Norman MacLean

Quote XXI



O assassinato é único porque elimina a passoa da vítima para que a sociedade se ponha em seu lugar e, em seu nome, exija castigo ou conceda perdão.

W. H. Auden